Acabei de lançar o primeiro volume de um livro no qual venho trabalhando a algum tempo. Meu momento não é dos melhores. Tenho sentido tristeza demais para o tamanho do meu otimismo e da minha fé e morro de saudade de sentir meus olhos brilharem com aquelas alegrias profundas que fazem a gente flutuar ou chorar de tanto rir. Felizmente me conheço bem para saber que isso é passageiro. Na real, estou onde quero estar e isso é um privilégio. E, cá entre nós, para esses momentos existe sempre uma taça de vinho de dá conta certinho do recado.
Ou quase.
Comecei a escrever, mas a inspiração não veio (Hemingway deve ter algo a dizer sobre isso), então, porque resume com amor o que eu gostaria de contar aqui, vou usar as palavras da minha filha querida para dar continuidade a esse post:
"A minha mãe sempre quis estudar. Sempre mesmo, aprendeu a ler antes de ir pra escola, mexendo nos cadernos da irmã mais velha.
Ainda na infância um professor disse que ela seria escritora, e esse virou um sonho.Fazer faculdade era outro sonho, mas naquele tempo, isso não era opção para quem tinha família pobre e 8 irmãos.
Quando deu, aos 50, entrou para a tão sonhada universade. Foi cursar letras e lá conheceu o Hemingway. Se apaixonou. Colocou de meta conhecer toda a obra do autor. E agora, 14 anos após o primeiro encontro, publicou o seu livro, Hemingway e eu.
Foram anos trabalhando nesse título, sou testemunha das muitas noites que ela passou escrevendo. Só sei dizer que morro de orgulho."
Tá disponível na Amazon, na versão ebook no Brasil e EUA e Europa já disponível também a versão impressa.
O livro descreve de maneira ficcional e divertida a vida e obra de Hemingway; os relatos são baseados nas milhares de cartas escritas por ele aos parentes e amigos. Durante a leitura é possível conhecer um pouco mais o homem forte e disciplinado mas, também, sensível e apaixonado pela vida, especialmente pela luta do homem pela sobrevivência, não só no campo físico, mas também e, sobretudo, nas batalhas e conflitos intermináveis no campo psicológico e emocional, pois considerava que o homem deveria ter ( e exercer) controle sobre sua própria existência.
Vale a pena dar uma conferida.

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