quarta-feira, 18 de abril de 2012


Treviso é a simpática capital da Provincia de Treviso na itália, composta, com a capital, de 92 comunas, uma delas a encantadora Casier, sobre a qual já escrevi aqui no blog. 
       
       Localiza-se na ribeira norte do rio Sile e entre a ramificação do rio Botteniga (nos ramos conhecidos como Cagnan di Mezzo ou Buranelli, e Roggia), Treviso inícia a sua história como posse paleo-vêneta, depois romanizada no ano 89 a.C para tornar-se em seguida um “Municipium Tarvisium” com a clássica colocação urbana baseada sobre o Cardo (as atuais ruas via S. Margherita, Indipendenza e Calmaggiore) e o Decumano (a atual rua via Martiri della Libertà).
       
       Graças à atividade de seu Teatro Comunale- hoje esplendidamente restaurado- e a presença dos escritores Comisso e Parise e de artistas como Arturo Martini e Gino Rossi, e também dos arquitetos Carlo Scarpa e Toni Follina- e projetos de Mario Botta- como as personalidades culturais Giuseppe Mazzotti, Treviso entra diretamente na história cultural da Itália de 1900.

      Treviso é também a cidade do vinho e da gastronomia, mas é além disso uma cidade artística e sobre tudo cidade de história apresentando significantes monumentos arquitetônicos ligados ao seu período medieval e conservados em maneira singular.Um passeio pelo que resta das muralhas oferece uma imagem de Treviso como cidade de águas e de verde, e, permite encontrar os dois antigos e solenes portões da cidade ainda hoje existentes: Porta san Tommaso e Porta Santi Quaranta.
 
      Treviso é uma verdadeira antologia da história da arte coligada à evolução da antiga sociedade: existem casas/ torres, o brasão das famílias importantes; se encontram ainda as casas com as rodas dos antigos moinhos, sinal de um burgo empreendedor ativo; o Convento de Santa Caterina- atualmente um museu de grande valor pelo local onde se encontra e por seu conteúdo- que com seus afrescos e com a sua nobre arquitetura conta sobre a próspera vida cultural da cidade.

     Uma última curiosidade: em Treviso, ao encontro dos rios Cagnan e Sile se têm a Ponte Dante que relembra com uma coluna a presença do poeta na cidade, e, como Treviso foi citada na sua Divina Commedia; a ponte era chamada “a impossível” pela forte corrente do rio desabando mais de uma vez ainda antes que fosse terminada. Atualmente as águas do rio são tranquilas e seguem o próprio ritmo, como um passeio num local urbano, e sugere uma grande serenidade.

O quadro acima (óleo sobre tela 60 x 80) pintei a partir de uma foto que tirei quando lá estive em 2008 em janeiro quando tudo estava cinza e as folhas das árvores ressequidas, e de outra foto que tirei do mesmo angulo e no mesmo ano, só que em julho quando então tinha voltado o verde e as árvores estavam floridas. O contraste me incitou um desejo incontrolável de pintar a cena, com as cores, claro, do verão que eu tanto amo.

Boa semana a todos

fontes: myself of course, and...
 http://www.initalytoday.com/pt/veneto/treviso/guia2.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares