quinta-feira, 22 de março de 2012

SONETO VAZIO


VAZIO

Roubaram-me a fé
Podaram-me os sonhos
Levaram-me a liberdade
Deixaram-me o vazio

Não o vazio de fé
Nem o vazio de sonhos
Nem o vazio das grades
Nem outros desvarios

É o vazio da presença
É o vazio da saudade
É o vazio da ausência
É o vazio da verdade

De tantas palavras não ditas
De abraços coibidos
De tantas noites mal dormidas

De tantos sonhos reprimidos
De lágrimas escondidas
De tanta vida não vivida

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